O elixir das linhas
Alguns desenhos e pinturas de Fernando José Karl: uma linha surge do nada e sai para caminhar.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
A respiração de Shânkara num jardim próximo do mar.
Ao escutar um bolero no rádio o barbeiro de Sevilha cochila.
Uma escada para subir na barca dos amantes.
O búzio alça voo.
Um caracol sobe a montanha em Ishikawa.
A baleia do marujo Aab.
Vaso de barro com gencianas.
Antes que a primeira carpa se molhasse, a carpa já estava molhada.
Chuva repentina sobre o musgo.
Confusão no fundo do mar Egeu.
O senhor K. medita sobre o vocabulário dos golfinhos.
Pequeno adágio para serenar o vendaval.
Enciclíca para um dia de chuva.
Um sussurro para a princesa Shai.
O cantor de ópera e a pedra negra.
O peixe em busca da alegria.
O assassino cravou agulhas na angústia.
O grito de Jorge Luis Borges na noite escura.
Um aceno para o senhor Buda.
Olho de peixe com direito a vento.
O polvo com um buraco na cabeça.
Os aquarianos adoram peixe-voador no almoço.
Duas flautas para a moça casta.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
A ramagem na axila do pingüim voador.
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