sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A casa do poeta persa.
A banhista grega.
Não haver deus é um deus também.
O peixe voador esqueceu o que ia dizer.
Uma noite encharcada de estrelas.
A moça africana deitada ante o mar.
A estrela da manhã enlouquece o barqueiro.
Luau para atrair o mel de excelente qualidade.
O pássaro de ramagens verdes.
A barca dos amantes.
Somos uma diluição mais lenta do sonho.
As prostitutas fumam ópio.
Vendaval na ilha de São Francisco do Sul.
Ninguém escapa de ser ossos em Narayama.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A respiração de Shânkara num jardim próximo do mar.



Ao escutar um bolero no rádio o barbeiro de Sevilha cochila.


Uma escada para subir na barca dos amantes.
O búzio alça voo.

Um caracol sobe a montanha em Ishikawa.

A baleia do marujo Aab.

Vaso de barro com gencianas.

Antes que a primeira carpa se molhasse, a carpa já estava molhada.

Chuva repentina sobre o musgo.

Confusão no fundo do mar Egeu.



O senhor K. medita sobre o vocabulário dos golfinhos.

Pequeno adágio para serenar o vendaval.
Enciclíca para um dia de chuva.

Um sussurro para a princesa Shai.

O cantor de ópera e a pedra negra.



O peixe em busca da alegria.


O assassino cravou agulhas na angústia.
O grito de Jorge Luis Borges na noite escura.

Um aceno para o senhor Buda.

Olho de peixe com direito a vento.

O polvo com um buraco na cabeça.
Os aquarianos adoram peixe-voador no almoço.



Duas flautas para a moça casta.